domingo, 27 de março de 2016

Ressuscitou! - Gustavo Corção



Não há em todo o ano litúrgico, que é o vôo circular em que a Igreja contempla amorosamente os mistérios de Cristo, momento mais jubiloso e mais belo em que, antes de acender o Círio Pascal, o Diácono canta o“Exultet Jam Angélica Turba Caelorum...” que é, sem dúvida alguma, o maior primor que os homens, com inspiração divina e engenho próprio jamais lograram compor em toda a história do cristianismo e do mundo. Quem já adulto, e já doloridamente vivido, teve a felicidade de ouvi-lo pela primeira vez no esplendor do Movimento Litúrgico, pôde apreciar, nessa adamantina condensação, todo o apuro, todo o requinte de infinito bom-gosto que a Igreja, ex abundantia operis, trouxe à civilização, e até hoje guarda a lembrança do estremecimento da alegria que nessa noite sentiu como antecipação de todas as promessas de Deus:

O vere beata nox, quae sola meruit scire tempus et horam in qua Christus ab inferis ressurrexit! – Ó bem-aventurada noite, única que mereceu conhecer o dia e a hora em que Cristo ressuscitou dos mortos. 

Inebriada de alegria a Igreja delira, e chega à amorosa inconveniência, à desmedida loucura de cantar:

O certe necessarium Adae peccatum... O felix culpa... – Ó necessário pecado de Adão...Ó culpa feliz.

E depois, agora mais senhora de si, gravemente repete a grande história do Verbo de Deus desde a madrugada da Criação, desde a promessa feita a Abraão, e através das palavras dos profetas até aquela outra madrugada do primeiro dia da semana em que Maria Madalena e a outra Maria vieram visitar o sepulcro.

sexta-feira, 25 de março de 2016

A Imobilidade e a Escuridão - Trecho do Livro A Subida do Calvário do Pe. Luís Perroy



Havia que chegar a isto. Todo o fatal progresso da Paixão do Cristo tende a privá-lO gradualmente da Sua liberdade, para Lhe comprar a cada privação um sofrimento novo, até  que  o  derradeiro  esforço  desse  trabalho  superior  da  Justiça  de  Deus  consiga imobilizá-lO na dor.

Primeiro  os  laços,  depois  a  entrega  entre  as  mãos  de  soldados  debochados,  depois  a privação da vista no corpo da guarda, o amortecimento das forças e a exaustão que a marcha  acarreta  e,  finalmente...  os  cravos  que  O  fincam  na  Cruz:  é  a  tremenda imobilidade!  A  simples  reflexão  pode  nos  dar  uma  ideia  deste  último  instrumento  de suplício. Estar preso, fixado por quatro Chagas a se alargarem de minuto em minuto a um sofrimento a que não se pode escapar!

O  menor  movimento  não  faria,  aliás,  senão  aumentar  esse  sofrimento.  E  três  horas durou  esse  tormento  assombroso!  O  doente  preso  de  dor  revolve-se  penosamente  no leito; tem necessidade desse movimento que, se não lho suprime, muda-lhe ao menos o sofrimento: descansa de um pelo outro. Na Cruz, porém, nenhum descanso a esperar a não ser numa morte que só há de vir lentamente. Mais uma vez: era preciso. O homem, pecando,  abusa  da  sua  liberdade:  o  castigo  correspondente  à  sua  culpa  devia  ser  a privação dessa liberdade. O Filho do Homem, que expia por toda a humanidade, será, pois,  conseqüentemente  com  o  Seu  papel  de  Vítima  expiatória,  privado  de  toda  a liberdade.

Está feito, e é sobretudo nesse exato momento que Ele salva os pecadores. Gritam-Lhe galhofando:  “Desce  agora,  se  podes”.  Já  não  pode.  Está  cravado.  As  almas  que  se queixam de estar presas à mesma cruz, pesada, esmagadora, sem esperança de a poder largar neste mundo, devem vir ao pé desta Cruz de Jesus.

Eu venho, meu Deus, e ante a Vossa imóvel atitude, ante esses cravos que Vos fincam ao dever sangrento da Redenção, eu nem sequer em desejo procurarei despregar-me de uma cruz que em alguns pontos quisestes tornar semelhante à Vossa.

quarta-feira, 23 de março de 2016

Novo Pentecostes - Gustavo Corção





É a última espetacular novidade religiosa que se espalha com grande sucesso no mundo inteiro. Num recorte recente de "Le Monde" lemos a notícia desse movimento cujo sucesso se contrapõe, na pena de Henri Fesquet, "ao declínio das grandes Igrejas" mais ou menos institucionalizadas. Esse movimento de origem protestante, nascido antes do século, cresceu agora rapidamente. O número de "Assembléias de Deus" que era de 264 em 1963 ultrapassa o número de 400 em 1972. Calcula-se em dez milhões o número de praticantes no mundo inteiro", diz "Le Monde"; e como era de esperar anuncia que o movimento já entusiasmou o mundo católico onde ganha o nome de "renovação carismática" e até reclama o mais ousado título de "novo pentecostes".
   
Em Junho reuniu-se na Universidade Notre Dame, nos Estados Unidos, um "congresso de renovação carismática" com o comparecimento de 25.000 participantes entre os quais figuravam muitos padres, Bispos, e o Cardeal Suhenens, Primaz da Bélgica.
   
Que dizem de si mesmos esses católicos empenhados em tal movimento? Várias publicações, entre as quais destaco a do jovem casal americano Kevin e Dorothy Ranaghan, num livro traduzido em francês com o título "Le Retour de l'Esprit", apresentam o movimento pura e simplesmente como uma descontinuidade explosiva surgida na História do Cristianismo e produzida, nem mais nem menos, por uma nova descida do Espírito Santo sobre os milhares de adeptos que recebem, por imposição das mãos de outros, o "batismo do Espírito" e subitamente se convertem, mudam de vida, passam da mais profunda depressão à mais jubilosa exaltação, e começam a "falar em línguas", como os cristãos da Igreja nascente, e como os apóstolos no dia de Pentecostes (At 2, 1)
  
Uma as características do estado de espírito produzido nas assembléias carismáticas é a predominância daexteriorização sobre a interiorização, e a marcada emotividade que leva os adeptos a sentirem a presença do Espírito Santo, e a declararem essa convicção com uma espontaneidade — cada um contando sua experiência própria — que se liberta de qualquer compromisso de submissão à aprovação da Igreja.
  
Até aqui o nosso espanto não foi excessivo porque este fim de século e o mundo católico dito "progressista" já nos saturaram de extravagâncias, e já nos embotaram a manifestação do espanto. A nossa preocupação começou a ganhar dimensões de alarme quando vimos que o prudente hebdomadário "L'Homme Nouveau", dirigido por Marcel Clement, enviou 7 representantes ao Congresso de "renovação carismática" na Universidade Notre Dame, e que o próprio Marcel Clement, no seu editorial de 1o. de Julho, não hesita em falar de "novo Pentecostes" e de fazer este estranho pronunciamento:
   
"É uma realidade de Igreja. Equilibrada, serena, poderosa. Não se trata de misticismo exaltado. É verdadeiramente o Espírito Santo que os invade e os faz caminhar muito depressa até à única e verdadeira Igreja de Jesus Cristo."
   
A nós nos parece que depressa demais pronunciou-se o Prof. Marcel Clement, como também nos parece incompreensível que se diga "cheminement très vite jusqu'à la seule et veritable Église de Jesus Christ" de pessoas já nela inseridas pelos sacramentos.
  
Prevemos o caminho de uma luta mais difícil do que as outras que até agora tivemos de enfrentar porque todos terão pressa excessiva de marcar pontos positivos num movimento em que os rapazes e as moças só dizem que querem rezar em "comunidade carismática", porque receberam do próprio Espírito Santo, num novo Pentecostes, dons maravilhosos que os tiraram dos mais profundos abismos e os elevam à mais pura alegria. Quem quererá cobrir-se do negrume de todas as antipatias para enfrentar tão maravilhosa transformação do mundo com um mínimo de reserva ou de exigência?

terça-feira, 22 de março de 2016

Monsenhor Richard Williamson - Sagração de Dom Tomás - 19-03-16








sábado, 19 de março de 2016

Sagração Episcopal de Mons. Tomás de Aquino - Fotos





O Grupo Santo Tomás de Aquino, se sente honrado de ter participado, através de alguns de seus membros, desse momento solene para a fé Católica e para todo o Brasil. Obrigado meu Deus Uno e Trino, obrigado Santíssima Virgem, Obrigado São José e Obrigado Mons. Williamson por nos ter Sagrado Bispo o agora Mons. Tomás de Aquino.









sábado, 12 de março de 2016

Série Milagres da Igreja Católica: Especial Nossa Senhora de Guadalupe - Parte 4





“OFTALMOLOGISTAS ASSOMBRADOS: OLHOS DA IMAGEM OBEDECEM PERFEITAMENTE TODAS AS LEIS DA ÓPTICA ENTÃO DESCONHECIDAS NO SÉCULO XVI”

Estudos ofalmológicos realizados aos olhos de Maria, detectaram que eles mostram os três efeitos de refração da imagem que um olho humano normalmente tem. È absolutamente impossível obter estes efeitos com um pincel, mesmo na nossa época. 

A Imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, que parecia tão contemplativa, ia assustar os maiores oftalmologistas que tiveram o privilégio de estudar Seus olhos: Eles estão “vivos” na tilma.

O primeiro a estudar os olhos foi Javier Torroela Bueno, chefe da Clínica de Propedêutica na Escola Nacional de Medicina (1949-1952) e da Cátedra de Oftalmologia (1953-1960), na Universidade Nacional Autônoma do México. Trabalhou com o eminente oftalmólogo e cirurgião Rafael Torija Lavoignet.

Foi o Dr. Lavoignet em julho de 1956, após oito meses consecutivos de trabalhos, quem descobriu na tilma, nos olhos da Virgem de Guadalupe, o fenômeno ótico da “tripla imagem de Purkinje-Samson”.

Com uma lupa, ele viu nos dois olhos da Imagem de Guadalupe a figura do “homem com a mão na barba”. E com oftalmoscópio, jogando luz sobre o olho direito, viu os três reflexos correspondentes à lei ótica da “tripla imagem”.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Entrevista Exclusiva a Dom Tomás de Aquino




PORTUGUÊS

1. Reverendo Padre: ¿por qué se necesita otro Obispo de la Resistencia? ¿Subsiste un estado de necesidad en la Iglesia? ¿No le basta a la Iglesia con los Obispos tradicionalistas de la FSSPX, cono afirma la misma Fraternidad?

A Igreja necessita de bispos, pois assim quis Nosso Senhor. Logo, a Tradição necessita de bispos. O trabalho que faz Dom Williamson desde 1988 é enorme. A ajuda que traz Dom Faure é indispensável e um terceiro bispo não é demais. A Tradição chegou a contar com sete bispos quando Dom Lazo, das Filipinas, passou para a Tradição e antes de Dom Lefebvre e Dom Antônio de Castro Mayer falecerem. A Resistência não é outra coisa senão a Tradição que continua.

2. Algunos dicen que su consagración constituirá un acto cismático. ¿Qué nos puede decir al respecto?

Assim como as sagrações de 1988 não constituíram um ato cismático, da mesma forma esta sagração também não o constituirá. A razão que motivou as primeiras é a mesma que motivou as outras, ou seja, o fato de Roma não querer voltar à Tradição.
Evidentemente tanto esta nova sagração como a de Dom Faure podem ser criticadas, mas para quem considera atentamente as razões, trata-se de sagrações motivadas pelo mesmo motivo que as de 1988: o fato da cátedra de São Pedro estar ocupada por inimigos de Nosso Senhor. É um fato doloroso, mas é um fato. Negá-lo é fazer prova de irrealismo, acusação feita por Dom Fellay a seus três irmãos no episcopado: Dom Williamson, Dom Tissier e Dom de Galarreta.
Esta nova sagração não tem senão os motivos que fizeram agir Dom Lefebvre, nem mais nem menos. A única diferença está nas circunstâncias especiais em relação às autoridades da Fraternidade, mas em relação à Roma e à crise as razões são idênticas em todos os sentidos.

3. Padre: el año pasado, con motivo de la consagración de Mons. Faure, la FSSPX dijo que la Resistencia es sedevacantista, y que eso se demuestra al consagrar Obispos sin permiso de las autoridades romanas. ¿Su respuesta a esta otra acusación?

Da mesma forma que Dom Lefebvre não era sedevacantista, assim a Resistência não é sedevacantista, embora haja no seu seio, como aliás sempre houve na Fraternidade São Pio X, simpatizantes desta tese.

4. Padre: ¿cuál es su posición ante el sedevacantismo?

Penso que a posição de Dom Lefebvre a esse respeito é a mais sensata e a mais prudente. O Papa não pode usar de sua autoridade para destruir a Igreja. Logo, nós não lhe obedecemos nesta obra. Nós nos recusamos a ter parte na destruição da Igreja. Quanto a decidir se o Papa perdeu seu pontificado por causa disto, é uma questão disputada. Não temos as premissas para tirar uma conclusão que exclua todas as dúvidas. Ora, na dúvida, é melhor não afirmar a sede está vacante e considerá-lo como Papa.

5. El año pasado preguntamos a Mons. Faure que haría si fuera invitado al Vaticano por el Papa Francisco. Ahora le hacemos a Usted la misma pregunta. ¿Iría? ¿A decir qué a Francisco?

Ir a Roma? Só se fosse para perguntar se as autoridades romanas aceitam Quanta Cura, Syllabus, Pascendi, etc., mas creio que por hora a resposta já foi dada e ela é negativa.

6. El profesor Carlos Nougué ha publicado un breve artículo acerca de la su vida, en el que menciona el incidente de las presiones que Usted recibió por parte de las autoridades de la FSSPX por negarse a cantar el Te Deum en celebración del motu proprio Summorum Puntificum (julio de 2007). ¿Nos puede contar algo más sobre ese episodio y acerca de otros en los que Usted haya sufrido presiones por parte de los jefes de la FSSPX?

O que se passou em Santa Cruz quando Dom de Galarreta aqui esteve, sugerindo-me deixar o mosteiro, é algo bem complexo onde entram vários fatores. Somente Dom de Galarreta poderia dizer exatamente todas as razões que o moveram a me dar aquela sugestão. A questão doutrinal pode ter estado envolvida, mas não é certo, já que Dom de Galarreta era, em princípio, contra os acordos. Talvez a liberdade e justa independência do mosteiro inquietasse Dom Fellay. Dom de Galarreta deu como motivo as vocações para o mosteiro, pois enquanto eu fosse prior os padres no Brasil não mandariam vocações.

7. Reverendo Padre: ¿su experiencia en la abadía de Le Barroux le ha servido para fortalecer sus oposición a la deriva rallié o acuerdista de la FSSPX?

"Esclarecimentos", por Dom Tomás de Aquino, OSB




Muitos fiéis estão assustados e perplexos diante do que está sendo dito a respeito dos Bispos da Resistência. Seriam eles liberais? Estariam eles, ao menos, escorregando para o lado liberal e modernista?

Vejamos alguns pontos controvertidos: duas Igrejas entrelaçadas, frutos metade bons, metade maus; piedade na Missa Nova.

Duas Igrejas entrelaçadas que podem ser distinguidas mas não separadas. Que sentido pode haver nesta frase? O que pode haver de comum entre a luz e as trevas, entre Cristo e Belial? A questão é mais simples do que parece. Não pode haver nada de comum entre a doutrina modernista e a doutrina católica, já que o modernismo é a negação do catolicismo. Mas quando um membro do clero e sobretudo os Bispos e o próprio Papa se tornam modernistas, eles fazem violência à Igreja e realizam uma união adúltera entre o seu caráter sagrado de ministros de Deus e uma doutrina que é contra este caráter sagrado. Entrelaçada, ou melhor, atada pelos seus próprios ministros, como Nosso Senhor preso e atado pelos que deveriam recebê-Lo como Messias e adorá-Lo como o Filho de Deus, consubstancial ao Pai e ao Espírito Santo.

Gustavo Corção já havia falado de duas Igrejas e um só Papa, ao contrário do que se sucedeu no Grande Cisma quando havia uma só Igreja e três Papas.

Mas como pode haver frutos metade bons, metade maus? Uma árvore má dá maus frutos e uma árvore boa dá bons frutos. Um fruto é bom ou é ruim. Ponto final.
Infelizmente a realidade é mais complexa. Santo Tomás diz que a árvore má é a vontade perversa. Uma vontade perversa não pode dar frutos bons, mas o mesmo homem pode, ora dar frutos bons, ora dar frutos maus, pois o mesmo homem pode pecar como São Pedro pecou e se arrepender como São Pedro se arrependeu. O mesmo homem pode ter uma vontade perversa e, tocado pela graça, pode ser justificado e vir a ter uma vontade boa.

Mas dirão: não é isso que foi dito. Como pode um fruto ser metade bom, metade mau? Tudo o que apodrece supõe algo que não era podre. Logo supõe algo de sadio. O que vemos hoje é a lenta corrupção da sã doutrina, dos bons costumes, dos sacramentos, etc, etc. A causa desta corrupção é má pois procede do demônio, do mundo e da carne. O resultado desta corrupção será mais ou menos avançado segundo cada pessoa.


segunda-feira, 7 de março de 2016

Sermão do IV Dom. da Quaresma - Dom André Zelaya OSB - 06-03-16





Sermão de Dom André Zelaya OSB
IV Dom. da Quaresma
Dia 06/03/2016
Mosteiro da Santa Cruz
Nova Friburgo – RJ
Brasil


Catecismo de São Pio X - Lição Preliminar - Dom Tomás de Aquino osb - 06-03-16





Catecismo de São Pio X - Lição Preliminar
Dom Tomás de Aquino osb
Mosteiro da Santa Cruz
Nova Friburgo - RJ
06-03-16





07 de março dia de Santo Tomás de Aquino - Padroeiro de Nosso Grupo





São Tomás de Aquino foi um dos grande e importante teólogo da Santa Igreja, um grande filósofos da Idade Média, filósofo e padre dominicano do século XIII. Foi declarado santo pelo papa João XXII em 18 de julho de 1323. É considerado um dos principais representantes da escolástica (linha filosófica medieval de base cristã). Foi o fundador da escola tomista de filosofia e teologia.

"O primeiro degrau para a sabedoria é a humildade."

"Tenho medo do homem de um só livro."

"Para aqueles que tem fé, nenhuma explicação é necessária. Para aqueles sem fé, nenhuma explicação é possível."

Biografia resumida

- Nasceu em 1225 no castelo da cidade de Roccasecca.
- Em 1230 começou seus estudos na abadia de Rocasecca.
- Em 1244 ingressou na ordem religiosa dos Dominicanos.
- Entre 1245 e 1248 estudou na cidade de Paris e foi orientado por Alberto Magno (entra em contato com a filosofia aristotélica).
- Entre 1248 e 1259 estudou na Faculdade de Teologia, fundada por Alberto Magno na cidade Alemã de Colônia.
- Entre 1252 e 1259 foi mestre na Universidade de Paris.
- Em 1259 escreveu a Suma contra os gentios.
- Em 1273 escreveu a Suma Teológica.
- Entregou sua alma a Deus em 1274.


Principais obras

-Scriptum super sententiis;
- Summa contra gentiles (Suma contra os gentios)
- Summa theologiae (Suma Teológica)

Para mundo cada vez mais longe de Deus é importante ler esta obra:


As cinco provas de São Tomás de Aquino



São Tomás, em sua obra "Suma Teológica" defende que Deus é o princípio e o fim de todas as coisas e que, fazendo apenas o uso da luz natural da razão a partir das coisas criadas. Pelas cinco provas de São Tomás de Aquino (também chamadas de cinco vias de Tomás de Aquino), a defesa pela existência de Deus acontece por meio da razão e sem recorrência a argumentos de natureza dogmática, para isto propõe cinco vias de demonstração de natureza exclusivamente filosófico-metafísica..

I - Primeiro Motor Imóvel “Movere enim nihil aliud est quam educere aliquid de potentia in actum

 São Tomás argumentou Deus é o primeiro 'motor'. Primeiro motor imóvel: tudo o que se move é movido por alguém, é impossível uma cadeia infinita de motores provocando o movimento dos movidos, pois do contrário nunca se chegaria ao movimento presente, logo há que ter um primeiro motor que deu início ao movimento existente e que por ninguém foi movido. O que está em movimento deve ser posto em movimento por uma outra coisa, por isso não deve ser um motor imóvel. Todas as coisas existentes estão passiveis de mudança, porem elas não podem mudar por si próprias, um objetos pode ter seu estado “frio”, e permanecerá assim até que algo com o estado “quente” o aqueça, como o fogo. Ou seja, para que algo adquira uma qualidade ou perfeição, é preciso a existência de outro para que o mude. Tudo o que muda é mudado por outro. Tudo o que se move é movido por outro.
É preciso então a existem de algo/alguém que tenha em si todas as qualidades e perfeições, e que a partir dele se desenvolveu todas as mudanças, a esse 1º motor que deu origem a todos os movimentos e mudanças, nós chamamos de Deus. 


II – Prova da causalidade eficiente

 Deus é a 'causa primeira': decorre da relação 'causa-e-efeito' que se observa nas coisas criadas. É necessário que haja uma causa primeira que por ninguém tenha sido causada, pois a todo efeito é atribuída uma causa, do contrário não haveria nenhum efeito pois cada causa pediria uma outra numa sequência infinita.Causa Primeira ou Causa Eficiente decorre da relação "causa-e-efeito" que se observa nas coisas criadas. Não se encontra, nem é possível, algo que seja a causa eficiente de si próprio, porque desse modo seria anterior a si próprio: o que é impossível. É necessário que haja uma causa primeira que por ninguém tenha sido causada, pois a todo efeito é atribuída uma causa, do contrário não haveria nenhum efeito pois cada causa pediria uma outra numa sequência infinita e não se chegaria ao efeito atual. Logo é necessário afirmar uma Causa eficiente Primeira que não tenha sido causada por ninguém.

Toda causa é anterior a seu efeito. Para uma coisa ser causa de si mesma teria de ser anterior a si mesma. Por isso neste mundo sensível, não há coisa alguma que seja causa de si mesma. Além disso, vemos que há no mundo uma ordem determinada de causas eficientes. A primeira causa, as intermediárias e estas causam a última.
Por conseguinte, a série de causas eficientes tem que ser definida. Existe então uma causa primeira que tudo causou e que não foi causada. Deus é a causa das causas não causada. Esta prova foi descoberta por Sócrates que morreu dizendo: “Causa das causas, tem pena de mim”. A negação da Causa primeira leva à ciência materialista a contradizer a si mesma, pois ela concede que tudo tem causa, mas nega que haja uma causa do universo.



III – Prova da contingência

quinta-feira, 3 de março de 2016

Sermão do III Dom. da Quaresma - Dom Tomás de Aquino, OSB - 28-02-16





Sermão de Dom Tomás de Aquino OSB
III Dom. da Quaresma
Dia 28/02/2016
Mosteiro da Santa Cruz

Nova Friburgo – RJ
Brasil