quarta-feira, 29 de julho de 2015

Jesus Cristo (20ª Lição)


Nota do blog: Seguimos com as postagens do livro Ensino Religioso – Planos de Aulas – Diocese de Campos, 1972. Com o objetivo de catequizar almas que estejam na busca pelo conhecimento básico da doutrina, bem como para auxiliar na catequização de crianças e adolescentes. Desejamos que este breve catecismo seja a abertura de uma fé firme e verdadeira para aqueles que o lerem.



JESUS CRISTO – PARTE V

20ª Lição
_ Para que se fez homem o Filho de Deus?
_ Para nos perdoar os pecados.
_ Que fez Jesus Cristo para nos perdoar os pecados?
_ Sofreu e morreu pregado na Cruz.

***

Jesus quis sofrer e morrer. Jesus instituiu o Santíssimo Sacramento e depois foi com seus apóstolos ao jardim das Oliveiras. Ali Jesus previu tudo quanto teria que sofrer. Pois Jesus é Deus, e Deus vê e sabe tudo. O coração de Jesus ficou tão apertado de dor que suou sangue. Mas Jesus, como homem, quis obedecer ao Pai do céu. O Pai do céu queria que Jesus desse a vida por suas ovelhas, e Ele, na sua agonia, disse ao Pai: “Meu Pai, se for possível, afastai de mim este cálice. Mas não se faça a minha vontade e sim a vossa.”
Jesus, como homem, conformava sua vontade com a do Pai. Jesus quis sofrer e morrer. Nós devemos também conformar a nossa vontade com a de Deus. Por isso dizemos no Padre-Nosso: “Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu”. Quando nos acontece alguma coisa de que não gostamos, digamos a Deus: “Seja feita a vossa vontade”.
Mas voltemos ao jardim das Oliveiras...
Enquanto Jesus rezava veio o apóstolo traidor, Judas, com soldado para prender o Senhor. Nesta ocasião se podia ver que Jesus quis padecer e morrer. Ninguém lhe tirou a vida, mas Ele a deu livremente. Jesus perguntou aos soldados: “A quem procurais?” Os soldados responderam: “Procuramos a Jesus de Nazaré”. Nosso Senhor respondeu: “Sou eu”. E no mesmo momento todos os soldados caíram ao chão, pelo poder infinito do Senhor. Jesus disse de novo: “A quem procurais?” Os homens, já agora com medo, responderam: “Procuramos a Jesus de Nazaré”. Jesus respondeu: “Pois bem, se me procurais a mim, deixai ir aqueles”. Jesus apontava para seus apóstolos.
Com duas palavras lançou Jesus todos os soldados por terra. Os soldados nada podiam contra o Senhor, sem que Ele quisesse. Jesus quis sofrer e morrer.
Levaram Jesus aos supremos sacerdotes judeus, Anás e Caifás, e na presença destes um soldado lhe bateu no rosto divino. Depois foi levado ao governador Pôncio Pilatos. Pilatos não achou culpa em Jesus, mas por medo dos judeus, o condenou à morte.
Sofreu a flagelação: os soldados, com chicotes com pontas de ferro, bateram longo tempo em todo o corpo de Nosso Senhor: corria sangue. Depois enterraram na cabeça de Jesus uma coroa feita de espinhos compridos.
Jesus foi com a cruz às costas até ao pequeno monte Calvário, e ali pregaram o Senhor na cruz.
Jesus quis sofrer e morrer para nos salvar. Jesus sofreu o castigo que os homens tinham merecido pelo pecado original e pelos seus muitos outros pecados. Jesus aplacou a ira de Deus contra os homens. Jesus reconciliou os homens com Deus, abriu-nos o céu e mereceu todas as graças que recebemos pelos sacramentos, na Missa, na oração. 



Santa Ludovina teve uma enfermidade muito dolorosa. Durante muitos anos nem podia se levantar da cama. A princípio, às vezes, ficava sem paciência e queixava-se muito. Mas o seu confessor lhe deu o conselho de pensar na Paixão de Jesus. Ela assim fez e meditava muitas vezes por dia na Paixão do Senhor. Esta lembrança da Paixão deu a Santa Ludovina aquela grande paciência que ainda agora nela admiramos. Nunca se queixava, nem nas maiores dores. Até pedia a Deus que a fizesse sofrer mais, para ser mais semelhante ao seu querido Jesus.
Para sofrer com paciência, muito ajuda a lembrança da Paixão do Redentor.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Lançamento em São Paulo da "Suma Gramatical da Língua Portuguesa": 11/08








Jesus Cristo (19ª Lição)


Nota do blog: Seguimos com as postagens do livro Ensino Religioso – Planos de Aulas – Diocese de Campos, 1972. Com o objetivo de catequizar almas que estejam na busca pelo conhecimento básico da doutrina, bem como para auxiliar na catequização de crianças e adolescentes. Desejamos que este breve catecismo seja a abertura de uma fé firme e verdadeira para aqueles que o lerem.




JESUS CRISTO – PARTE IV

19ª Lição

                               _ Onde nasceu Jesus Cristo?
                               _ Em Belém, no dia 25 de dezembro, à meia-noite.                      Dia de Natal.


***

Maria e José moravam em Nazaré. Mas o Salvador devia nascer em Belém. Deus assim tinha predito. A Providência de Deus dispôs tudo de maneira que Maria e José fossem à Belém.
O imperador Augusto mandou registrar os nomes de todos os seus súditos. Por isso no país dos judeus todos deveriam ir à cidade donde era a sua família. Maria e José eram da família de Davi, e deviam ir à cidade  de Davi e a cidade de Davi era Belém. De Nazaré à Belém eram três dias de viagem ou mais ainda. Maria e José obedeceram e fizeram uma viagem cheia de incômodos e dificuldades. Quando chegaram à Belém, bateram à porta de parentes ricos, que não os quiseram receber, por serem pobres. Também na estalagem, ho hotel, não havia lugar pra gente que não pudesse pagar muito.
Assim Maria e José se retiram para uma gruta, que aos pastores servia de estrebaria. Ali, à meia-noite, nasceu Jesus, e Maria o deitou numa manjedoura que lá  havia. Jesus nasceu na maior pobreza e assim principiou sua vida, cheia de trabalho, cansaço, fome, sede, humilhação e desprezo. Jesus aceitou tudo isso por amor de nós. Jesus quis ensinar-nos que não podemos achar felicidade no dinheiro, nos aplausos dos homens nem nas comodidades desta vida, mas sim no desprezo de tudo isso por amor de Nosso Senhor.
Naquela mesma noite estavam uns pastores no campo de Belém guardando suas ovelhas. De repente, no meio duma luz brilhante, apareceu junto deles um anjo de Deus e lhes anunciou o nascimento de Jesus. E, apareceu uma multidão de anjos, cantando: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”. Os pastores foram, acharam o Menino Jesus no presépio e O adoraram. Depois cantaram isto a todos, e ficaram admirados. Não foram os poderosos de Jerusalém que Jesus primeiro convidou para o seu presépio. Não foi o Rei Herodes, nem os supremos sacerdotes judeus, nem outros grandes senhores da capital. Foram os pastores pobres, simples e retos.
Jesus deseja que todas as crianças aprendam o catecismo. Jesus quer entrar nos seus corações pela Santa Comunhão. Jesus gosta muito das crianças, mas muitas crianças não gostam de Jesus. Não vão ao catecismo, à Santa Missa. Não recebem o seu Santíssimo Sacramento. O Menino Jesus no presépio chorou, porque sabia que muitas crianças iriam ao catecismo. Teria chorado por minha causa? Quando viu os filhinhos dos pastores ajoelhados com seus pais, pensou nos muitos meninos que mais tarde não quereriam conhecê-lO, opondo-se a recebê-lO na Comunhão.
Vieram também 3 reis adorar o Menino Jesus. Ofereceram-lhe muitos presentes: ouro, incenso e mirra. Também os reis devem obedecer a Jesus. Ele é o Rei de todo o mundo. Quando nós vamos à Igreja, queremos também levar um presente ao Menino Jesus. O presente que Jesus mais aprecia é o nosso coração.
Quem ama a Jesus não receia grandes caminhadas para O adorar, ouvir a sua doutrina e assistir à Santa Missa. Os três reis levaram semanas para chegar à Belém, e não achavam isso longe demais para procurar a Jesus. Há pessoas que não vão à Missa, nem ao catecismo porque moram uma hora, ou mesmo meia hora distante da igreja. Acham isto longe.


EU PREFIRO ESTAR COM JESUS NA POBREZA E NO DESPREZO; PARA ME ACHAR TAMBÉM COM ELE NA GLÓRIA DO CÉU.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Jesus Cristo (18ª Lição)


Nota do blog: Seguimos com as postagens do livro Ensino Religioso – Planos de Aulas – Diocese de Campos, 1972. Com o objetivo de catequizar almas que estejam na busca pelo conhecimento básico da doutrina, bem como para auxiliar na catequização de crianças e adolescentes. Desejamos que este breve catecismo seja a abertura de uma fé firme e verdadeira para aqueles que o lerem.



JESUS CRISTO – PARTE III

18ª Lição
_ Como se fez homem o Filho de Deus?
_ Nascendo de Nossa Senhora.
_ Então Nossa Senhora é Mãe de Deus?
_ Sim, porque é Mãe de Jesus Cristo que é Deus.

***

Para fazer-se homem o Filho de Deus quis receber seu corpo humano duma mãe. Mas não escolheu a mulher mais rica, nem a mais admirada pelo povo. Deus Filho escolheu a mulher mais santa para ser sua mãe. Esta mulher se chamava Maria. Dizemos “Maria Santíssima”, porque é a mais santa entre todas as mulheres. Maria, pela graça de Deus e por sua boa vontade, jamais cometeu pecado algum. Sim, por uma graça, que Deus só a ela deu, e a nenhuma outra pessoa, Maria foi isenta do pecado original. Maria foi concebida sem pecado original.
Um dia estava Maria Santíssima no seu quarto, rezando. Entrou o anjo Gabriel e lhe disse: “Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco”. Maria ficou assustada. O Anjo a tranquiliza: “Não tenhas medo, Maria, pois achaste graça diante de Deus. Terás um filho”. Maria pergunta: Como poderá ser isto, pois prometi a Deus ficar sempre Virgem?” O Anjo respondeu que Maria teria este filho por um milagre do Espírito Santo; Maria seria mãe ficando sempre virgem. Maria consentiu dizendo: “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra.” Então o Verbo se fez carne; quer dizer, o Filho de Deus se fez homem.
É para recordar isto que se reza o Ângelus. É um costume muito bom rezar de manhã, ao meio-dia e ao anoitecer as 3 Ave-Marias com outras orações. Estas orações se acham no catecismo. Convém decorar isto e rezar cada vez que o sino toca as Ave-Marias.
Muita gente pensa que Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das Dores e Nossa Senhora do Rosário são diversas santas. Isto está muito errado. Há uma só Nossa Senhora, Maria Santíssima, que veneramos com esses diversos títulos ou invocações.
Devemos venerar e amar Maria Santíssima mais que a todos os outros santos. Só ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo devemos venerar e amar mais que a Maria Santíssima. A Deus devemos adorar. A Maria Santíssima só veneramos.
Um bom cristão reza todos os dias a Maria Santíssima a Ave-Maria, a Salve Rainha, algumas orações jaculatórias. Queria muito que rezásseis o rosário, ou o Terço todos os dias. Principalmente no mês de maio e de outubro. Estes são os meses de Maria. Devemos ter muita devoção a Nossa Senhora.
Se alguém em casa estiver doente, rezemos muito a Mãe Maria, para Ela dirigir tudo para o bem. É bom ter em casa uma imagem de Nossa Senhora e muitas vezes olhar para Ela e dizer uma oraçãozinha.
Nossa Senhora gosta muito mais de nós se imitarmos as suas virtudes, principalmente a santa pureza. Um bom filho de Maria não diz uma palavra que Maria teria vergonha de dizer. Um bom filho de Maria não olha coisa alguma que Maria teria vergonha de olhar. Um bom filho de Maria não pensa em nada que Maria teria vergonha de pensar. Esta santa decência em todo o falar, olhar e pensar é a virtude da modéstia. O vestido mais elegante que há é a virtude da modéstia. Quem tem o vestido da modéstia é uma pessoa distinta, mesmo que ande com o vestido muito remendado e com os pés descalços. Maria Santíssima também andava com vestidos pobres e com simplicidade: não há, porém, rainha igual a Ela.




A festa da Anunciação de Nossa Senhora é no dia 25 de março.

Ângelus

_ O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
_ E Ela concebeu do Espírito Santo.
AVE-MARIA
_Eis aqui a escrava do Senhor.
_ Faça-se em mim segundo a vossa palavra.
AVE-MARIA
_E o verbo se fez carne.
_ E habitou entre nós.
AVE-MARIA
_Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
_ Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

OREMOS. Infundi, Senhor, em nossos corações a vossa graça, vo-lo suplicamos, a fim de que, conhecendo pela embaixada do Anjo, a encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, pelos merecimentos da Paixão e Morte, cheguemos à glória da Ressurreição. Pelo mesmo Cristo, Senhor nosso. Amém.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

16 de Julho - Nossa Senhora do Carmo




    A festa  de Nossa Senhora do Carmo prende-se intimamente à Ordem Carmelitana, cuja origem remonta aos tempos antigos, envolvidos em nuvens de venerandas lendas.  A Ordem dos Carmelitas tem por propósito especial o culto da Mãe de Deus, Maria Santíssima, e pretende ter origem nos tempos do profeta Elias.
                                            Está fora de dúvida que o paganismo anti-cristão não estava sem conhecimento das promessas messiânicas. A Mãe do Salvador vêmo-la preconizada pelas Sibilas, simbolizada pelas imagens de Isis e venerada nos mistérios pagãos. Suposto isto,causaria estranheza, se o povo de Deus, possuidor das profecias mais claras e especializadas sobre a Mãe-Virgem, a vencedora da serpente, não tivesse tido palavra, instituição nenhuma, que dissesse respeito à  Mãe do Salvador.  Não é a intenção de querer alegar os argumentos pró e contra desta piedosa opinião ou digamos mesmo, convicção dos religiosos Carmelitas.
                                            De fato, na Ordem Carmelitana é guardada a tradição, segundo a  qual o profeta Elias, vendo aquela nuvenzinha, que se levantava no mar, bem como a  pegada de homem, teria nela reconhecido o símbolo, a figura da futura Mãe do Salvador. Diz mais a tradição, que os discípulos de Elias, em lembrança daquela visão do mestre, teriam fundado uma Congregação, com sede no Monte Carmelita, com o fim declarado de prestar homenagens à Mãe do Mestre. Essa Congregação ter-se-ia conservado até os dias de  Jesus Cristo e  existido com o Título Servas de Maria. 
                                              Santa Teresa, a grande  Santa da  Ordem Carmelitana, reconhece no profeta Elias o fundador da Ordem. As visões da bem-aventurada Ana Catarina Emerich sobre a vida de Maria Santíssima, ocupam-se minuciosamente da Congregação dos Servos de Maria, no Antigo testamento.
                                             Segundo uma piedosa tradição, autorizada pela liturgia, no dia de Pentecostes, um grupo de homens, devotos dos santos profetas Elias e Eliseu, preparado  por São João Batista para o Advento do Salvador, abraçaram o cristianismo e  erigiram no Monte Carmelo um santuário à Santíssima Virgem, naquele mesmo lugar, onde Elias vira aparecer aquela nuvenzinha, anunciadora da  fecundidade da Mãe de Deus. Adotaram eles o nome de Irmãos da Bem-Aventurada Maria do “Monte Carmelo”.

MANIFESTAÇÃO DE NOSSA SENHORA A SÃO SIMÃO STOCK

                                             Historicamente documentadas são as seguintes datas da Ordem de Nossa Senhora do Carmelo. Foi no século XII que o calabrez Bertoldo, com alguns  companheiros, se estabeleceu no Monte Carmelo. Não se sabe se encontraram lá a Congregação dos Servos de Maria ou se fundaram uma deste nome; certo é que receberam em 1209 uma regra rigorosíssima, aprovada pelo Patriarca de Jerusalém – Alberto.  Pelas  cruzadas esta Congregação tornou-se  conhecida  também na Europa. Dois nobres fidalgos da Inglaterra convidaram alguns religiosos do Carmelo, para acompanhá-los e fundar conventos na Inglaterra, o que fizeram.
                                             Pela mesma época vivia no condado de Kent um eremita que,  havia vinte anos, habitava na solidão, tendo por residência o tronco oco de uma árvore. O nome desse eremita era Simão  Stock. Atraído pela vida mortificada dos carmelitas  recém-chegados, como também pela devoção Mariana que aquela Ordem  cultivava, pediu admissão como noviço na Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Em 1225, Simão Stock foi eleito coadjutor Geral da Ordem, já então bastante conhecida e espalhada.
                                            A Ordem começou a  sofrer  muita oposição, e Simão Stock fez uma viagem  para Roma.  Honório III, avisado em misteriosa visão que teve de Nossa Senhora, não só recebeu com toda deferência os  religiosos carmelitas,  mas aprovou novamente a regra da Ordem. Simão Stock visitou depois os Irmãos  da ordem no Monte Carmelo, e demorou-se com eles seis anos.
                                           Um capítulo geral da Ordem, realizado em  1237, determinou a transferência para a Europa de quase todos os religiosos, os quais, para se verem livres das vexações dos Sarracenos, procuraram a Inglaterra, onde a Ordem possuía já 40 conventos.
                                           No ano de 1245, foi Simão Stock eleito Superior Geral da Ordem e a regra teve aprovação do Papa Inocêncio IV.
                                           A Ordem de  Nossa Senhora do Carmo, colocada sob a proteção da Santa Sé, começou a ter, então,  uma aceitação extraordinária no mundo católico. Para isto concorreu poderosamente a  Irmandade do Escapulário, que deve a  fundação a  Simão Stock.
                                           Homem de grandes virtudes, privilegiado por Deus com os  dons da profecia e dos milagres, empregou Simão Stock toda energia para propagar, na Ordem e no mundo inteiro, o culto mariano. Sendo devotíssimo a Maria Santíssima, desejava obter da Rainha celestial um penhor visível de sua benevolência e maternal  proteção.  Foi aos 16 de julho de 1251 que, estando em oração fervorosa, a renovar o pedido,  Nossa Senhora se  dignou aparecer-lhe. Rodeada de espíritos celestes, veio trazer-lhe um escapulário.  “Meu dileto filho – disse-lhe a Rainha do céu – eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele  que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do inferno". 
                                           Estando-lhe assim satisfeita a  maior aspiração, Simão Stock tratou então de divulgar a irmandade do escapulário e convidar o mundo católico a  participar dos grandes privilégios anexos.  Extraordinária foi a afluência a  tão útil instituição. Entre os devotos do escapulário de Nossa Senhora do Carmo, vêem-se Papas, Cardeais e Bispos. Numerosos tem sido os  príncipes que pediram  ser inscritos na irmandade, como Eduardo III da Inglaterra, os imperadores da Alemanha,  Fernando I e II e  reis da Espanha, de Portugal e da França, além de muitas  rainhas e princesas de diversas nações.  O Escapulário teve uma aceitação favorável e universal entre o povo católico. Neste sentido, só é comparável ao Rosário. Como este, também teve adversários;  como o Rosário, também o escapulário tem sido agredido com todas as armas da impiedade, da malícia, do escárnio e do ódio. Mas também, como o Rosário tem experimentado o efeito poderosíssimo da proteção da Mãe de Deus;  só assim  é explicável o fato de ter o escapulário passado incólume através de  750 anos e, hoje em dia, mais  do que nunca, gozar da predileção do povo cristão. 
                                           Se bem que a visão que São Simão Stock afirma ter tido de Nossa Senhora, não possuía o valor da autoridade de artigo de fé, tão averiguada se apresenta, que desfaz qualquer dúvida que a respeito possa subsistir.
                                           É Relatada com todas as minúcias pelo confessor do Santo, padre Swainton. Aprovada por muitos Papas, a irmandade do escapulário foi grandemente elogiada por Benedito XIV;  mais de cem escritores dos séculos 13, 14 e 15, dos quais  alguns não pertenciam à Ordem Carmelitana, se referem à visão de Simão Stock como a  um fato  que não admite dúvida. As universidades mais célebres, as  de Paris e Salamanca, declaram-se igualmente a favor.
                                           Dois decretos da Cúria Pontifícia, exarados pelos cardeais Belarmino e de Torres, declararam autêntica e verídica a biografia de São Simão Stock, que contém a narração da  maravilhosa visão. 


 PRIVILÉGIOS CONCEDIDOS PELA VIRGEM MÃE A QUEM USAR O ESCAPULÁRIO
                                        
  
Dois são os privilégios da irmandade do escapulário, privilégios deveras extraordinários,  que mereceram à instituição tão grande simpatia por parte do povo cristão. O primeiro desses  privilégios Maria Santíssima frisou-o bem, quando, no ato da entrega do escapulário disse ao seu servo São Simão Stock: “É este o sinal do privilégio, que alcancei para ti e para todos os filhos do Carmelo. Todos aqueles  que estiverem revestidos  com este hábito, ver-se-ão salvos do fogo do inferno”.  O sentido desse privilégio é este: Maria Santíssima prometem a  todos os que usam o hábito do Carmo, sua proteção especial, principalmente na hora da morte, que decide a  história da  humanidade. O pecador, portanto, por mais miserável que seja, pondo a  confiança em Maria Santíssima e vestindo seu hábito, tendo aliás a intenção firme de  sair do estado do pecado, pode seguramente contar com o auxílio de Nossa Senhora, a qual  lhe alcançará a graça da conversão e da perseverança. O escapulário não é um amuleto que assegure, sob qualquer hipótese, a salvação de quem o usar. Contam-se  milhares as conversões de pecadores na  hora da morte, atribuídas  unicamente ao escapulário de Nossa  Senhora do Carmo;  muitos também são os casos que mostram à evidência, que privilégio nenhum favorece a  quem, de maneira nenhuma,  se quer separar do pecado e  levar uma vida digna e  cristã.  Santo Agostinho diz  a verdade, quando ensina:  “Deus, que nos criou sem nossa cooperação, não nos pode salvar sem que o queiramos e desejemos”.   Quem não quer deixar de ofender a Deus, morrerá na impenitência; e se Maria Santíssima não ver a possibilidade alguma de arrancar a alma do pecador aos vícios e paixões, fará com que na hora da morte, por uma casualidade qualquer, não se encontre o hábito salvador, o que se tem dado muitas vezes.
                                         O Segundo privilégio é o tal chamado “privilégio sabatino”.  Um decreto da Santa Inquisição romana, datado de 20 de janeiro de 1613, dá aos  sacerdotes da Ordem Carmelitana autorização para pregar a  seguinte doutrina: “O povo cristão pode  crer no auxílio que experimentarão as  almas dos Irmãos e membros da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo, auxílio este,  segundo o qual todos aqueles que morrerem  na graça do Senhor, tendo em vida usado o escapulário, conservado a castidade própria  do estado, recitado o Ofício Parvo de Nossa Senhora, ou se não souberem ler, tiverem observado fielmente o jejum eclesiástico, bem como a abstinência nas quartas-feiras e sábados (exceto se a festa de Natal cair num destes dias), serão socorridos por uma proteção extraordinária da Santíssima virgem, no primeiro sábado que se lhe seguir  ao trânsito, por ser sábado o dia da semana consagrado a  Nossa  Senhora (Bula sabatina de João XXII.  3, III 1322)
                                          Desse privilégio faz menção o ofício divino da Festa de Nossa Senhora do Carmo, aprovado pelo Papa clemente X e Benedito XIII. 

                                          “A bem-aventurada Virgem – diz o ofício – não se  limitou a  cumular de privilégios aqui na terra e na Ordem Carmelitana. Com carinho verdadeiramente maternal, ela, cujo poder e misericórdia em  toda parte são muito grandes, consola  também, como piedosamente se crê,  aqueles filhos no Purgatório, alcançando-lhes o mais breve possível a feliz entrada na Pátria Celestial”.

                                          Para se tornar membro da Irmandade, é necessário que se cumpra as seguintes condições:  

1. Inscrição no registro da Irmandade. 
2. Ter recebido o escapulário das mãos de um sacerdote habilitado para fazer a recepção e usá-lo com devoção. No caso da mudança de um escapulário velho e gasto por um novo não carece a bênção. Quem, por descuido, deixou de usar por algum tempo o escapulário, participa dos privilégios da Irmandade, logo que se resolver a pô-lo novamente. 
3.  Convém rezar diariamente algumas orações marianas, como sejam: A ladainha lauretana ou seis Pai-Nossos e Ave-Marias ou sejam, ainda, o Símbolo dos Apóstolos (Credo), seguida da recitação de um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e Glória.  As bulas pontifícias nada prescrevem a este respeito desde o princípio, porém, se tem observado  a praxe de fazer essas devoções diárias.
4. O privilégio sabatino exige ainda que se conserve a castidade própria do estado de cada um, e que se rezem as horas marianas. Quem não puder cumprir esta segunda condição, observe a abstinência de  carnes nas quartas-feiras e sábados. As duas obrigações de recitar o ofício mariano e a abstinência de carne nas quartas-feiras e sábados podem, se para isso subsistirem razões suficientes, ser comutadas em  outras equivalentes. 
5. Aos sábados, o papa Pio X concedeu o seguinte privilégio: Para se tornarem membros da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo, é suficiente que usem um escapulário bento por um sacerdote que possua a faculdade respectiva. Não se exige  para eles a cerimônia da recepção e da inscrição no registro da irmandade. Como os demais membros, também devem rezar diariamente algumas orações em  honra de Maria Santíssima.  (4-1-1908).
                                              A Irmandade de Nossa Senhora do Carmo é enriquecida de muitas indulgências, podendo todas ser aplicadas às almas do Purgatório, com exceção da indulgência plenária na hora da morte. 

 REFLEXÕES

O fim, pois, que a irmandade de Nossa Senhora do Carmo se propõe é: propagar o reino de Deus, por meio da devoção a Maria Santíssima, meditar nas virtudes da Mãe de Deus e imitá-las, merecer uma proteção especial de Nossa Senhora, em todos os perigos do corpo e da alma, alcançar-lhe bênção na hora da morte e a libertação das penas do Purgatório. O Escapulário é o hábito da salvação. Para que o possa ser, é preciso que seja a vestimenta da justiça. Se o maior interesse de Maria Santíssima é salvar almas, desejo maior não tem, senão que seus  filhos se apliquem à prática das virtudes, do amor de Deus e do próximo, que sejam  pacientes, humildes, mansos e puros e trabalhem pela santificação de sua alma.
A história da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo é uma epopéia de feitos maravilhosos, na ordem sobrenatural. O escapulário tem sido a salvação de milhares e milhares de cristãos nas suas necessidades espirituais e materiais. Para que nas mãos de Nossa Senhora possa ser efetivamente instrumento de  salvação, indispensável é o renascimento espiritual de quem o leva, o cumprimento fiel dos  deveres do estado de quem se diz devoto a Nossa Senhora do Carmo. Certamente, não é devoto a  Maria Santíssima quem vive em pecado e ofende a  Deus sem cessar.

ORAÇÃO À NOSSA SENHORA DO CARMO 

                                                     Ó bendita e imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo!  Vós que olhais com especial bondade para quem traz o vosso bendito escapulário, olhai para mim benignamente e cobri-me com o manto da  vossa maternal proteção. Fortificai minha fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito com a vossa sabedoria, aumentai em mim a  fé, a esperança e  a  caridade.  Ornai minha alma com a graça e as  virtudes que a tornem agradável ao vosso divino Filho.  Assisti-me durante a vida, consolai-me na hora da morte com a vossa amável presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho e servo dedicado;  e lá do céu, eu quero louvar-vos e bendizer-vos por toda a eternidade. 

                                                      Nossa Senhora do Carmo, libertai as  benditas almas do purgatório. Amém!   

(3 Ave-Marias e Glória ao Pai)



Jesus Cristo (17ª Lição)


Nota do blog: Seguimos com as postagens do livro Ensino Religioso – Planos de Aulas – Diocese de Campos, 1972. Com o objetivo de catequizar almas que estejam na busca pelo conhecimento básico da doutrina, bem como para auxiliar na catequização de crianças e adolescentes. Desejamos que este breve catecismo seja a abertura de uma fé firme e verdadeira para aqueles que o lerem.



JESUS CRISTO – PARTE II

17ª Lição
_ Quando o Filho de Deus se fez homem, deixou de ser Deus?
_ Não, continuou a ser verdadeiro Deus e começou a ser também verdadeiro homem.

***

Na aula passada vimos que Jesus Cristo é o Filho de Deus, feito homem por amor de nós. Veremos hoje que Jesus Cristo é Deus e homem. Quando o Filho de Deus se fez homem não deixou de ser Deus, mas continuou a ser verdadeiro Deus e começou a ser verdadeiro homem.

1-      JESUS É DEUS: Jesus disse muitas vezes que Ele é Deus, um só Deus como o Pai e o Espírito Santo, e provou-o por muitos milagres. Jesus disse que pode perdoar os pecados. Jesus estava ensinando quando lhe apresentaram um paralítico. Jesus disse ao paralítico: “Tem confiança, meu filho, os teus pecados te são perdoados.” Então os judeus, que não acreditavam que Jesus fosse Deus, dissera: “Só Deus pode perdoar pecados.” Jesus respondeu: “Para que saibais que tenho o poder de perdoar os pecados (disse ao paralítico): levanta-te e anda!” E logo o paralítico se levantou curado. Os judeus tinham razão quando disseram que só Deus pode perdoar os pecados. E por este milagre provou Jesus ser Deus, portanto podia perdoar os pecados.

Nosso Senhor disse que virá para julgar os homens. Os judeus bem sabiam que só Deus é quem há de julgar os homens no último dia. Agora Jesus lhe disse: “Aquele que virá para julgar, sou eu”. Jesus sabe tudo que o Pai do céu sabe. Jesus é Deus.

Os apóstolos compreenderam muito bem isso. S. Tomé adorou Jesus com estas palavras: “Meu Senhor e Meu Deus!” E Jesus o chamou bem-aventurado, porque acreditava que Ele era Deus.

Jesus é Deus. Jesus merece a nossa adoração e a nossa obediência, pois Ele é o nosso Criador.

2-     JESUS É HOMEM: Depois da ressurreição de Jesus, estavam os apóstolos juntos numa sala da última ceia. De repente, Jesus apareceu no meio deles. Os apóstolos assustaram-se muito, pois pensavam que se tratava de um espírito. Mas Jesus disse: “Apalpai-me e olhai: um espírito não tem carne e ossos, como vedes que eu tenho”. Jesus disse que tem carne e ossos. Os apóstolos podiam apalpar e olhar que Jesus tinha carne e ossos. Deus e um espírito; Deus não tem corpo; Deus não tem carne e ossos. Os anjos também não têm carne e ossos. Quem tem carne e ossos são os homens. Jesus tem carne e ossos. Jesus não é só Deus: Jesus é também homem.

Jesus não só tem corpo, mas também tem uma alma humana. Jesus, na sua paixão, disse: “Minha alma está triste, triste até a morte!” Deus não está triste: Deus é perfeitamente feliz. Nem os anjos estão tristes. Os anjos estão felizes no céu. Quem pode estar triste é a alma dos homens. Jesus tem uma alma humana. Jesus tornou-se semelhante a nós em tudo, menos no pecado. Jesus teve fome, sede; comeu, bebeu, dormiu. Jesus chorou, ficou cansado. Jesus nasceu, cresceu, sofreu, derramou seu sangue, morreu. Mas Jesus nunca pecou, nem podia pecar. Jesus tornou-se semelhante a nós em tudo, menos no pecado. Tudo isto lemos no Evangelho.

Jesus se fez homem para nos ensinar como devemos viver. Sigamos o seu exemplo. Como Ele, vivamos santamente.




Um dia veio Jesus para os lados de Cesaréia e Filipe e interrogou os seus discípulos, dizendo:
_ Que dizem os homens a meu respeito? – responderam eles:
_ Dizem uns que vós sois João Batista, outros que sois Elias, outros ainda que sois Jeremias, ou algum dos profetas.
Disse-lhes Jesus:
_ E vós, quem dizeis que eu sou? – respondendo Simão Pedro, disse:
_ Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!

Imitemos São Pedro na sua fé. Creiamos na divindade e humanidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dizendo: Creio em Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Venda - Dvd: Sagração Episcopal de Mons. Faure

O Grupo Santo Tomás de Aquino, com autorização do Mosteiro da Santa Cruz, vem à todos os leitores, trazer a informação de que o Dvd da Sagração Episcopal de Mons. Faure já encontra-se disponível para a venda.

Para o envio em território nacional, de uma unidade, será cobrado valor simbólico de R$ 20,00 por unidade. O valor referente ao frete, bem como sua modalidade (Carta comum, registrada ou sedex) devem ser perguntados via e-mail.

Lembramos que, a quantidade do estoque é limitada, por isso antes de comprar, deve-se primeiro perguntar e fazer reserva via e-mail, através dos contatos:


 mostsantacruz@gmail.com 

vendasmsc@gmail.com 

ir.agostinhoosb@gmail.com


O pagamento poderá ser feito via transferência online, Paypal, depósito bancário ou em dinheiro caso prefira retirar pessoalmente.

              (Maiores detalhes no ato da compra).


Em virtude da vida monástica, o prazo para envio do produto é de até 5 dias úteis.

 

Lembramos que esse Dvd é de uso doméstico, sendo assim, qualquer cópia e divulgação em qualquer meio de circulação, mesmo que parcial de seu conteúdo, sem prévia e documentada autorização do Mosteiro da Santa Cruz se constitui crime, sujeito as ações de direito civil e às penalidades do Direito Criminal, no tocante à Lei.

 

Sobre o Dvd:

 

A Sagração Episcopal de Monsenhor Faure por Dom Williamson foi necessária, não só por causa do estado de necessidade em que nos encontramos, mas, e sobretudo, para assegurar a Fé, a Doutrina, o Sacerdócio Católico. Ela veio num momento crítico da Igreja, para combater todo e qualquer erro liberal e/ou modernista que queira distorcer/destruir a realeza de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A Sagração se fez no 19 de Março de 2015, no Mosteiro da Santa Cruz em Nova Friburgo, estado do Rio de Janeiro no Brasil, e contou com a presença de fiéis e padres da tradição de vários países do mundo.

Dia esse muito especial em particular, pois é festa do Patrono da Igreja Católica, Apostólica Romana, o Glorioso São José, esposo da Bem Aventurada Virgem Maria.

 

“Texto de um Irmão do Mosteiro da Santa Cruz”

 

 

 



Jesus Cristo (16ª Lição)


Nota do blog: Seguimos com as postagens do livro Ensino Religioso – Planos de Aulas – Diocese de Campos, 1972. Com o objetivo de catequizar almas que estejam na busca pelo conhecimento básico da doutrina, bem como para auxiliar na catequização de crianças e adolescentes. Desejamos que este breve catecismo seja a abertura de uma fé firme e verdadeira para aqueles que o leirem.



JESUS CRISTO – PARTE I

16ª Lição
_ Quem é Jesus Cristo?
_ Jesus Cristo é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. É o Filho de Deus feito homem.

***

Jesus Cristo é o Filho de Deus feito homem. No princípio existia o Filho de Deus. Antes de todos os tempos, Deus-Filho estava com Deus-Pai e Deus-Espírito Santo. O Filho de Deus sempre foi Deus. Sem o Filho de Deus nada foi criado.
O Filho de Deus sempre foi Deus. Mas o Filho de Deus nem sempre foi homem. O Filho de Deus fez um corpo e uma alma humana e uniu este corpo e esta alma à sua Pessoa. O Filho de Deus fez-se homem. Por isso o catecismo diz: “Jesus Cristo é o Filho de Deus, feito homem.”

Assim como a nossa alma tem um corpo, assim o Filho de Deus tem a humanidade. Digo isto só como comparação, para que tenhais a ideia da união da divindade com a humanidade na Pessoa do Filho do Deus. A nossa alma tem um corpo, porém fica alma. Assim o Filho de Deus tem a humanidade, porém permanece Deus.

O Filho de Deus feito homem recebeu um nome de homem: chama-se Jesus Cristo. A união das duas naturezas, divina e humana, na única Pessoa de Jesus Cristo chamamos união pessoal, ou união hipostática.
Nesta união pessoal não podemos compreender tudo, pois é um mistério. O seguinte, porém, talvez explique um pouco. A minha mão direita não é a minha mão esquerda. Mas ambas pertencem a minha pessoa. Se minha mão toma um facão e mata alguém, não me posso desculpar dizendo: “Não fui eu que matei, foi minha mão”. O que minha mão faz, sou eu que faço, pois minha mão é da missa pessoa. As minhas mãos, os meus pés, o meu corpo e a minha alma são coisas diferentes, contudo, pertencem à mesma pessoa; e tudo o que as minhas mãos, os meus pés, o meu corpo e a minha alma fazem, é tudo de uma só pessoa. É uma só pessoa que faz tudo isso.
Assim é Jesus Cristo: a divindade de a humanidade de Jesus Cristo são coisas diferentes, mas pertencem à mesma pessoa divina, e tudo o que a divindade e a humanidade fazem é a Pessoa de divina que faz.
O Filho de Deus na sua divindade, é Filho do Pai Eterno, criou o mundo, deu os Dez Mandamentos no Monte Sinai, está em todos os lugares.
O mesmo Filho de Deus na humanidade, é Filho de Maria Santíssima, nasceu em Belém, chorou a morte do seu amigo Lázaro, morreu na cruz, está no céu e no Santíssimo Sacramento. O Filho de Deus fez-se homem por amor de nós, porque tinha compaixão dos homens, que sem Ele não se podiam salvar.
A lembrança da Encarnação deve encher-nos de grande amor para com o Filho de Deus, feito homem por amor de nós. Jesus não precisava de nós; nós precisávamos dEle. O Filho de Deus estaria perfeitamente feliz no céu, embora nenhum de nós entrasse ali: mas o Filho de Deus teve pena de nós e por isso se fez homem, e se humilhou tanto, e sofreu tanto para nos livrar do pecado e do inferno. Quanto devemos, pois, amar Jesus que nos amou a pondo de morrer por nós.

Veremos na próxima lição como o Filho de Deus, fazendo-se homem, não deixou de ser Deus e começou a ser também verdadeiro homem.



Certa vez, ao sair do templo, Jesus viu um cego de nascença e o curou, restituindo-lhe a vista.

Algum tempo depois, Jesus encontrou-o e lhe disse: “Tu crês no Filho de Deus?” Ele respondeu: “Quem é ele, Senhor, para eu crer nele?” Jesus respondeu: “Tu já o viste – é aquele mesmo que fala contigo!” Ele exclamou: “Creio, Senhor!” E prostrando-se a seus pés, O adorou.

Nós também devemos adorar a Jesus Cristo, porque Ele é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, é o Filho de Deus feito homem.